sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Corpos de 18 brasileiros vítimas do voo AF447 teriam sido identificados




O Itamaraty informou nesta quinta-feira que foi notificado por autoridades francesas sobre a identificação dos corpos de 18 brasileiros vítimas do acidente com o voo 447, da Air France, que caiu no Atlântico em 31 de maio de 2009. O governo não vai divulgar os nomes dos identificados e iniciou hoje o contato com as famílias. Não há informações sobre o traslado dos corpos ao Brasil.
Na última segunda-feira, a associação Entraide et Solidarité, grupo dedicado à memora das 228 vítimas do acidente, informou que haviam sido identificados 103 dos 104 corpos encontrados este ano no fundo do mar. Na época do acidente, apenas 50 corpos haviam sido achados, sendo 20 deles de brasileiros.
As autoridades francesas decidiram retirar do mar os corpos dos ocupantes do avião após comprovar que eram identificáveis a partir de testes de DNA, apesar de estarem havia quase dois anos em uma profundidade de cerca de 4 mil m. O Escritório de Investigações e Análises (BEA), encarregado das pesquisas, divulgará no primeiro trimestre de 2012 seu relatório definitivo sobre as causas do acidente.
O acidente do AF 447
O voo AF 447 da Air France saiu do Rio de Janeiro com 228 pessoas a bordo no dia 31 de maio de 2009, às 19h (horário de Brasília), e deveria chegar ao aeroporto Roissy - Charles de Gaulle de Paris no dia 1º às 11h10 locais (6h10 de Brasília). Às 22h33 (horário de Brasília) o voo fez o último contato via rádio. A Air France informou que o Airbus entrou em uma zona de tempestade às 2h GMT (23h de Brasília) e enviou uma mensagem automática de falha no circuito elétrico às 2h14 GMT (23h14 de Brasília). Depois disso, não houve mais qualquer tipo de contato e o avião desapareceu em meio ao oceano.
Os primeiros fragmentos dos destroços foram encontrados cerca de uma semana depois pelas equipes de busca do País. Naquela ocasião, foram resgatados apenas 50 corpos, sendo 20 deles de brasileiros. As caixas-pretas da aeronave só foram achadas em maio de 2011, em uma nova fase de buscas coordenada pelo Escritório de Investigações e Análises (BEA) da França, que localizou a 3,9 mil m no fundo do mar a maior parte da fuselagem do Airbus e corpos de passageiros.
Após o acidente, dados preliminares das investigações indicaram um congelamento das sondas Pitot, responsáveis pela medição da velocidade da aeronave, como principal hipótese para a causa do acidente. No final de maio de 2011, um relatório do BEA confirmou que os pilotos tiveram de lidar com indicações de velocidades incoerentes no painel da aeronave. Especialistas acreditam que a pane pode ter sido mal interpretada pelo sistema do Airbus e pela tripulação. O avião despencou a uma velocidade de 200 km/h, em uma queda que durou três minutos e meio. Em julho de 2009, a fabricante anunciou que recomendou às companhias aéreas que trocassem pelo menos dois dos três sensores - até então feitos pela francesa Thales - por equipamentos fabricados pela americana Goodrich. Na época da troca, a Thales não quis se manifestar.
Fonte: Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário